sexta-feira, outubro 07, 2016

Ame a si mesmo

Como falar da vida sem mencionar as pessoas que um dia a tocaram de forma avassaladora?
  O ano está por um fio, embora a vida está posta todos os dias, cabendo a mim  a possibilidade de fazer diferente.
E quando tudo parece tão igual, quando passa se os meses e aparentemente as memórias ainda armazenadas dentro do armário...

 Aprendi que certas coisas são impossíveis prever, mas há sempre um jeito de levantar a poeira e recomeçar, talvez o recomeço é a melhor dádiva deixada aos homens e o amor-próprio nosso melhor aliado.

sábado, agosto 22, 2015

Vai passa

Vai passa, eu sei que vi, já passou das outras vezes esse sentimento conturbado de amor mal resolvido, de desencontro fatídico, só que dessa vez é diferente, não sei se ainda existe amor. Um dia desses me assustei ao ouvir que o amor acaba quando a gente deixa de sentir saudade e cá entre nós não sei se ando sentido.
Penso que as coisas aconteceram rápido demais, a perca, a dor, o medo, a distância que agora me parece tão ínfima, tão irrelevante. Não sei escrever o que se passa dentro de mim, às vezes a vontade que tenho é de poder amar de novo, ter em mim aquele sentimento de euforia, alegria, companhia e serenidade, que hoje, parece tão longe do que quero.
 Eu que fiz tantos planos, sonhei tanta coisa bonita pra nós, agora não sei nem o que pensar, o que sentir. Um dia desses revi um velho amor, sei lá, do jeito que ando, a vontade que dá é de sumir também, ando sem paciência pra amores tão resolvidos, sentimentos exigentes que no fundo nem sabem o que desejam, a vida é muito bonita pra ser vivida na indecisão, na falta de amor que tanto faz mal pra gente.

Penso que preciso mesmo é cuidar mais de mim, viver a vida sem tanta expectativa, apenas viver, uma hora ou a saudade bate e aí não terá mais volta, ou a felicidade me alcança na melhor forma de ser feliz, amando perdidamente, sem medo, sem cobrança, sem desculpas. 

terça-feira, agosto 13, 2013

Livres Borboletas

Quando de repente, parei para observar o passar dos dias, notei que a vida não faz nenhum sentindo. Qual o sentido da vida se ela em suma tente-se a resumir em quilômetros, contas e faltas. Quem pode garantir que o viver não seja ganhar rugas de preocupações pelas agendas lotadas, atrasos cometidos e brigas mal resolvidas. Talvez as percas nos ensine muito mais que os ganhos, as distâncias nos faça avaliar a importância das coisas. Ah, os amores que se foram, as famílias que partiram, como um velho poeta, "o correr da vida embrulha tudo", como embrulha o estômago num ataque de borboletas. Quem sabe a felicidade seja o laço cortado, a livre liberdade das perdas que nos habita crescer, como se crescer fosse garantia de sucessos gloriosos e amores completos. Como dizia minha adorável C.L "não sou nerd nem escritora", diga-me quem sou nessa emboscada louca que é a vida. Não, não me diga, pois "o acordar da liberdade é o que nos mata". Hoje quero viver as cegas, na escuridão do que sou, nessa fragilidade que me envolve, se chorar ou se sorrir, ir, mesmo incerto, mesmo sem jeito, mesmo fraco ou opaco. Como de súbito Clarice nos toma, num ataque de fúria ou riso, o viver da vida embrulha tudo como borboletas no estômago. 

domingo, junho 23, 2013

Como uma velha canção

Acredito na liberdade como forma compartilhada, acredito no amor, acredito em nós...
Há tantas coisas que venho tentando, há tantos anseios e vontades que guardo dentro de mim.
Uma pessoa um dia disse: "Só somos livres quando amamos".
Levo comigo todas as loucuras do mundo, guardo em mim casulos que jamais se abrirão.
Um dia desses, conversei com um velho companheiro. Depois de algum tempo, somos capazes de entender melhor as coisas, feridas abertas nos tornam mais vulneráveis. Metade das minhas palavras se resumiram  em omissões, não faria sentido tocar no passado com verdades que, naquele momento não faria nenhum sentido. Eu o amei, com amor voraz e doentio: como uma velha canção.
Estou no inferno de amar, novamente dentro de mim queima vorazmente o amor, amor que honestamente tem me feito de labirinto, eu sou meu próprio labirinto.
Sinto−me vulnerável e bravamente apaixonada.
Acredito que atualmente tenho sido mais corajosa, penso comigo que se não tentar, jamais poderemos saber.
Sim, naquela noite desejei saber de você, saber como anda seus planos mirabolantes para conquistar o mundo, saber se tem dado certo, porque os meus estão se perdendo no ralo, e confesso que não está sendo fácil esperar por ações, por reciprocidade, porque a vida não tem sido nada fácil, porque amar tem me saído muito caro.
Vivi contigo o mais louco meio termo, não consigo mais viver assim, ou ama e vem e abraça e beija, encara a porra louca dessa vida, ou vai embora e não mais precisa voltar. Amor não mata, aprendi isso ontem.
Somente não quero perder a coragem, pois ela me fez perdoar as inúmeras noites de insônia que me causastes. Sabe meu caro, eu preciso de você, da sua amizade e ombro amigo, mas não me faça voltar ao passado relembrando tudo que vivemos, porque não é isso que quero para mim. Hoje sinto−me tão fraca, tão vulnerável, talvez o amor nos torne vulneráveis, por isso preciso que me compreenda e que me aceite do jeito que estou.  

Sabe, amar é tão simples, só não entendo por quê as pessoas dificultarem tanto as coisas...

Ame a si mesmo

Como falar da vida sem mencionar as pessoas que um dia a tocaram de forma avassaladora?   O ano está por um fio, embora a vida está posta...